Repórter do CQC, Oscar Filho grava em hospital de Paulínia
(Foto: André Monejano / Especial para AAN)
(Foto: André Monejano / Especial para AAN)
A situação da saúde pública de Paulínia se agravou nos últimos dias e, por consequência, a população começou a reclamar do atendimento nas principais unidades de saúde da cidade. Durante a tarde desta quinta-feira (19), a equipe do programa Custe o que Custar (CQC) da TV Bandeirantes veio ao Hospital Municipal Vereador Antônio Orlando para gravar o quadro 'Proteste Já'. Foi realizada uma entrevista com o Secretário de Saúde Marcos Aurélio Teixeira para cobrar uma melhoria na saúde pública de Paulínia.
Segundo informações de pacientes, o hospital não possui estrutura suficiente para atender a demanda de atendimento e faltam materiais básicos em uma unidade de saúde como lençóis, papel higiênico, roupões para pacientes, medicamentos, entre outros. A população também reclama da falta de atendimento e omissão de socorro em outros casos.
Há poucos dias uma senhora morreu após sofrer uma queda ao deixar o carro que dirigia em frente ao hospital por volta das 2h30. Na ocasião um segurança que estava de plantão prestou os primeiros socorros e a mulher morreu pouco tempo depois. De acordo com o Secretário de Saúde, esta pessoa deu entrada no hospital e uma investigação está sendo realizada para averiguar se houve omissão de socorro por parte do hospital.
No momento em que a equipe de TV entrou no hospital, houve um princípio de confusão quando conselheiros de saúde de Paulínia tentaram entrar junto com o repórter Oscar Filho. Os seguranças do local não deixaram os manifestantes entrarem, o que causou o confronto. A administração da unidade de saúde solicitou apoio policial para controlar o distúrbio. Ao todo, 9 viaturas (3 da Polícia Militar e 6 da Guarda Municipal) foram direcionadas ao local para evitar um novo confronto com aproximadamente 10 policiais.
A conselheira de saúde Mônica Janke afirmou que os conselheiros têm o direito por lei de entrar no hospital e afirmou que a confusão começou porque os seguranças agiram com brutalidade e chegaram a agredir algumas pessoas que tentavam entrar junto com a reportagem do CQC. 'Nós temos o direito de entrar no hospital para fiscalizar o que acontece ali dentro e fomos impedidos de forma truculenta pelos seguranças. Estamos aqui para mostrar o péssimo atendimento que o hospital fornece para os cidadãos de Paulínia e não sermos agredidos desta forma' disse.
Outro conselheiro de saúde, que afirmou ter sido agredido, reclamou da precariedade do hospital e violência com que foi recebido na unidade. 'Eu tentei entrar para falar com o secretário e fui prensado contra a porta por estes seguranças despreparados que o hospital tem. É um absurdo não deixarem cumprir o que a lei garante, fomos eleitos pela população e temos o direito de entrar quando quisermos no hospital' disse Ronaldo Santos de Souza.
O Secretário de Segurança de Paulínia, Ronaldo Pontes Furtado foi até o hospital para conversar com os manifestantes e afirmou que a queixa de agressão será apurada. 'O Secretário de Saúde optou em receber a reportagem do CQC junto com 3 conselheiros. Os que ficaram de fora se misturaram com o pessoal que tentava visitar parentes internados e tentaram invadir as dependências do hospital. A segurança fez o papel dela, no entanto, vamos averiguar o que aconteceu e depois decidiremos o que fazer' disse.
Uma das conselheiras que participaram do protesto, Luana Silva, também afirmou ter sido agredida pelos seguranças e foi levada para a delegacia onde foi registrado um Boletim de Ocorrência por agressão. 'Impediram a nossa entrada como se fossemos população comum. Somos conselheiros de saúde e temos o direito de fiscalizar o hospital, não estamos fazendo nada ilegal, vou fazer um BO agora por agressão. Fui imobilizada pelos seguranças' disse.
Segundo informações da produção do CQC, a denúncia de mal atendimento no hospital chegou através de um homem que tentou atendimento para sua avó e não conseguiu, poucos dias depois a senhora morreu.
Secretário de Saúde
O Secretário de Saúde de Paulínia, Marcos Aurélio Teixeira, afirmou que o sistema de saúde da cidade tem problemas, no entanto, eles estão sendo resolvidos no prazo mais rápido possível.
Teixeira afirmou que a administração está fazendo compras de material para suprir a necessidade das unidades médicas da cidade e que ocorre é uma má distribuição entre elas. 'Nós estamos trabalhando para suprir as deficiências na área da saúde de Paulínia. A falta de material existe por uma má distribuição que estamos tentando uma alternativa para resolver este problema o quanto antes, A compra do material é feita' disse.
Ainda de acordo com o secretário, a cidade de Paulínia tem sido referência para as cidades da região quando se refere a atendimento médico e isso atrai uma população de aproximadamente 250 mil pessoas nas unidades médicas da cidade. 'O Hospital Municipal tinha um atendimento de 350 pessoas diariamente, nos últimos 15 dias este número dobrou, muito provavelmente pelo clima frio que estamos passando' afirmou.
Referente à tentativa de invasão ao hospital, o secretário lamentou a atitude e explicou que por lei os conselheiros de saúde tem o direito de entrar nas dependências da unidade para fiscalização. No entanto, em algumas salas precisam ser acompanhados pela equipe médica. 'Eles têm o direito de entrar e fiscalizar. Estamos aqui para atendê-los sempre que preciso, no entanto, isso não dá o direito de tentar invadir uma área sem nenhum acompanhamento. Não podem, por exemplo, entrar em um quarto que o paciente está sendo limpo, pois isso geraria um desconforto para todos. Nesses casos, eles devem procurar a administração do hospital' disse.
Centro Cirúrgico
Há poucos dias o Centro Cirúrgico de Paulínia foi fechado para uma reforma, o que causou um atraso de grandes proporções em cirurgias agendadas no hospital. Segundo o Secretário de Saúde, o fechamento da unidade foi feita de forma preventiva, uma vez que no topo do prédio existia um estacionamento e a estrutura sofreu fissuras que foram aumentando com a infiltração de água.
O motorista Aguinaldo Basílio Moreira sofreu um acidente de trânsito há 2 anos e foi até o centro cirúrgico nesta quinta (19) para a retirada de um aparelho instalado em sua perna esquerda. Ao chegar no centro cirúrgico, Aguinaldo foi informado que a unidade estava fechada e que a administração entraria em contato para remarcar a data para a retirada do aparelho. 'Estou com isso no pé há dois anos e até hoje não consegui tirar este aparelho para poder fazer a fisioterapia e voltar a trabalhar normalmente. A situação deste hospital está lastimável, minha filha ficou internada aqui e nem café serviram porque não tinha copo plástico' disse.
Em relação ao fechamento do centro cirúrgico, o secretário afirmou que a suspensão dos serviços foi feita para evitar problemas maiores e que a previsão é que em até 90 dias a unidade seja reaberta. 'Programamos a reforma para um período de estiagem que, infelizmente, não aconteceu. Este é o motivo do atraso para reabrir o centro cirúrgico. Se o tempo permanecer seco, talvez possamos adiantar a reabertura por até 15 dias' afirmou.
Segundo informações de pacientes, o hospital não possui estrutura suficiente para atender a demanda de atendimento e faltam materiais básicos em uma unidade de saúde como lençóis, papel higiênico, roupões para pacientes, medicamentos, entre outros. A população também reclama da falta de atendimento e omissão de socorro em outros casos.
Há poucos dias uma senhora morreu após sofrer uma queda ao deixar o carro que dirigia em frente ao hospital por volta das 2h30. Na ocasião um segurança que estava de plantão prestou os primeiros socorros e a mulher morreu pouco tempo depois. De acordo com o Secretário de Saúde, esta pessoa deu entrada no hospital e uma investigação está sendo realizada para averiguar se houve omissão de socorro por parte do hospital.
No momento em que a equipe de TV entrou no hospital, houve um princípio de confusão quando conselheiros de saúde de Paulínia tentaram entrar junto com o repórter Oscar Filho. Os seguranças do local não deixaram os manifestantes entrarem, o que causou o confronto. A administração da unidade de saúde solicitou apoio policial para controlar o distúrbio. Ao todo, 9 viaturas (3 da Polícia Militar e 6 da Guarda Municipal) foram direcionadas ao local para evitar um novo confronto com aproximadamente 10 policiais.
A conselheira de saúde Mônica Janke afirmou que os conselheiros têm o direito por lei de entrar no hospital e afirmou que a confusão começou porque os seguranças agiram com brutalidade e chegaram a agredir algumas pessoas que tentavam entrar junto com a reportagem do CQC. 'Nós temos o direito de entrar no hospital para fiscalizar o que acontece ali dentro e fomos impedidos de forma truculenta pelos seguranças. Estamos aqui para mostrar o péssimo atendimento que o hospital fornece para os cidadãos de Paulínia e não sermos agredidos desta forma' disse.
Outro conselheiro de saúde, que afirmou ter sido agredido, reclamou da precariedade do hospital e violência com que foi recebido na unidade. 'Eu tentei entrar para falar com o secretário e fui prensado contra a porta por estes seguranças despreparados que o hospital tem. É um absurdo não deixarem cumprir o que a lei garante, fomos eleitos pela população e temos o direito de entrar quando quisermos no hospital' disse Ronaldo Santos de Souza.
O Secretário de Segurança de Paulínia, Ronaldo Pontes Furtado foi até o hospital para conversar com os manifestantes e afirmou que a queixa de agressão será apurada. 'O Secretário de Saúde optou em receber a reportagem do CQC junto com 3 conselheiros. Os que ficaram de fora se misturaram com o pessoal que tentava visitar parentes internados e tentaram invadir as dependências do hospital. A segurança fez o papel dela, no entanto, vamos averiguar o que aconteceu e depois decidiremos o que fazer' disse.
Uma das conselheiras que participaram do protesto, Luana Silva, também afirmou ter sido agredida pelos seguranças e foi levada para a delegacia onde foi registrado um Boletim de Ocorrência por agressão. 'Impediram a nossa entrada como se fossemos população comum. Somos conselheiros de saúde e temos o direito de fiscalizar o hospital, não estamos fazendo nada ilegal, vou fazer um BO agora por agressão. Fui imobilizada pelos seguranças' disse.
Segundo informações da produção do CQC, a denúncia de mal atendimento no hospital chegou através de um homem que tentou atendimento para sua avó e não conseguiu, poucos dias depois a senhora morreu.
Secretário de Saúde
O Secretário de Saúde de Paulínia, Marcos Aurélio Teixeira, afirmou que o sistema de saúde da cidade tem problemas, no entanto, eles estão sendo resolvidos no prazo mais rápido possível.
Teixeira afirmou que a administração está fazendo compras de material para suprir a necessidade das unidades médicas da cidade e que ocorre é uma má distribuição entre elas. 'Nós estamos trabalhando para suprir as deficiências na área da saúde de Paulínia. A falta de material existe por uma má distribuição que estamos tentando uma alternativa para resolver este problema o quanto antes, A compra do material é feita' disse.
Ainda de acordo com o secretário, a cidade de Paulínia tem sido referência para as cidades da região quando se refere a atendimento médico e isso atrai uma população de aproximadamente 250 mil pessoas nas unidades médicas da cidade. 'O Hospital Municipal tinha um atendimento de 350 pessoas diariamente, nos últimos 15 dias este número dobrou, muito provavelmente pelo clima frio que estamos passando' afirmou.
Referente à tentativa de invasão ao hospital, o secretário lamentou a atitude e explicou que por lei os conselheiros de saúde tem o direito de entrar nas dependências da unidade para fiscalização. No entanto, em algumas salas precisam ser acompanhados pela equipe médica. 'Eles têm o direito de entrar e fiscalizar. Estamos aqui para atendê-los sempre que preciso, no entanto, isso não dá o direito de tentar invadir uma área sem nenhum acompanhamento. Não podem, por exemplo, entrar em um quarto que o paciente está sendo limpo, pois isso geraria um desconforto para todos. Nesses casos, eles devem procurar a administração do hospital' disse.
Centro Cirúrgico
Há poucos dias o Centro Cirúrgico de Paulínia foi fechado para uma reforma, o que causou um atraso de grandes proporções em cirurgias agendadas no hospital. Segundo o Secretário de Saúde, o fechamento da unidade foi feita de forma preventiva, uma vez que no topo do prédio existia um estacionamento e a estrutura sofreu fissuras que foram aumentando com a infiltração de água.
O motorista Aguinaldo Basílio Moreira sofreu um acidente de trânsito há 2 anos e foi até o centro cirúrgico nesta quinta (19) para a retirada de um aparelho instalado em sua perna esquerda. Ao chegar no centro cirúrgico, Aguinaldo foi informado que a unidade estava fechada e que a administração entraria em contato para remarcar a data para a retirada do aparelho. 'Estou com isso no pé há dois anos e até hoje não consegui tirar este aparelho para poder fazer a fisioterapia e voltar a trabalhar normalmente. A situação deste hospital está lastimável, minha filha ficou internada aqui e nem café serviram porque não tinha copo plástico' disse.
Em relação ao fechamento do centro cirúrgico, o secretário afirmou que a suspensão dos serviços foi feita para evitar problemas maiores e que a previsão é que em até 90 dias a unidade seja reaberta. 'Programamos a reforma para um período de estiagem que, infelizmente, não aconteceu. Este é o motivo do atraso para reabrir o centro cirúrgico. Se o tempo permanecer seco, talvez possamos adiantar a reabertura por até 15 dias' afirmou.
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