sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Câmera ajuda polícia a aplicar multa nas estradas


A Polícia Militar Rodoviária já está multando motoristas que são flagrados pelas câmeras das concessionárias de rodovias cometendo infrações de trânsito. A ação ficou conhecida como “multa a revelia”, porque dispensa a presença do policial ou agente de trânsito no local da infração. As centrais de monitoramento das concessionárias que administram as rodovias D. Pedro I (SP-065), Anhanguera (SP-330), Bandeirantes (SP-348) e Professor Zeferino Vaz (SP-332) contam com policiais de olho nas imagens e autuando pessoas que dirigem sem cinto de segurança e falando ao telefone celular. A medida também pune motoristas flagrados em ultrapassagens irregulares, que mudam de faixa sem uso de seta, utilizam o acostamento para escapar de congestionamento e motos que trafegam pelos corredores.
Com a vigilância, os motoristas que trafegam por estas rodovias devem ficar mais atentos. Eles são avisados do videomonitoramento por mensagens nos painéis digitais nas próprias estradas. De acordo com o advogado especialista em Direito processual Marcelo Valdir Monteiro, a medida é amparada pelo Código Nacional de Trânsito. “As câmeras utilizadas têm selo de aferição do Inmetro, o que regulamenta a autuação. Ela serve como foto/registro da autuação”, disse.
Pelo menos 2.435 multas já foram aplicadas com o novo sistema em todo o Estado. A PMR não informou quantos registros foram feitos em Campinas ou na região.
A medida foi adotada, segundo a PMR, para tentar reduzir o número de acidentes provocados por imprudência. “Muitos motoristas ficam distraídos utilizando o celular e acabam causando acidente. O simples fato de olhar para o aparelho já se caracteriza como um ato de imprudência, ainda mais em uma rodovia onde os veículos trafegam em alta velocidade”, afirmou o tenente da PMR Milton Dutra.
O policial explicou que outro erro comum, cometido por motociclistas, é a utilização do corredor entre os carros para tráfego. “Um dos grandes causadores de acidentes era o motociclista que trafegava entre as faixas. Assim como carros, as motos têm que seguir na pista, e não entre elas, cortando caminho”, disse.
O uso do videomonitoramento foi necessário devido às grandes extensões das rodovias que cortam a região. A polícia não possui policiais suficientes para colocar em todos os pontos necessários. Por isso, surgiu a necessidade de utilização do sistema, por meio do qual o policial permanece no Centro de Controle Operacional da concessionária e utiliza-se das imagens das câmeras dispostas ao longo da via, constatando em tempo real a infração e elaborando o auto de Infração.

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